A defesa do tema não está restrita a políticos à “direita”. Recentemente, o presidente do PDT de Ciro Gomes, Carlos Lupi, também se mostrou favorável.

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A bandeira do voto impresso conta com o apoio total do atual presidente da República, Jair Bolsonaro, de aliados  no Congresso e de maior parte percentual de seus eleitores. A defesa do tema não está restrita a políticos à direita. Recentemente, o presidente do PDT de Ciro Gomes, Carlos Lupi, também se mostrou favorável.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata do voto impresso nas eleições de 2022 tramita na Comissão Especial criada pela Câmara dos Deputados. Recentemente, o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira disse que acha bastante improvável a aprovação do voto impresso a tempo para o pleito de 2022 e que discussão seria perca de tempo.

No parecer do projeto, a recomendação é de que uma urna eletrônica permita a impressão do registro do voto, que seria depositada automaticamente em uma urna e depois da votação, nas seções eleitorais, com o uso de um equipamento automatizado, a contagem dos votos seria feita.

O voto impresso não se trata de voltar à época da cédula de papel. O tema em debate destaca a impressão do voto e o depósito deste “papelzinho” em uma urna, para que, segundo defensores da ideia, a auditagem do processo eleitoral fique mais transparente. Para passar a valer já nas eleições de 2022, a PEC precisa ser aprovada nos plenários da Câmara e do Senado até o início de outubro — um ano antes do pleito, conforme determina a legislação eleitoral.

Os apoiadores da pauta desejam que já nas eleições de 2022 as urnas possam contar com uma impressora conectada para impressão do voto. Assim que o eleitor confirme seus votos, a urna deve imprimir um papelzinho com eles. A pessoa veria esse papel através de uma janelinha posta sobre a impressora, daria o “OK”, e o papel cairia dentro de uma urna física, ou seja, um saco lacrado. O eleitor não poderia pegar ou levar o comprovante, e o número do seu título não seria impresso, preservando o sigilo do voto. A ideia é que, se o resultado das eleições for questionado, os sacos possam ser abertos e os votos impressos sejam usados para fazer uma recontagem manual.

Quem é contra a medida diz que ela é desnecessária, pois as urnas eletrônicas são seguras, o novo sistema pode atrapalhar as eleições – já que muitos candidatos derrotados vão pedir recontagens simplesmente para tumultuar as coisas -, e o voto impresso também está sujeito a fraudes (alguém poderia imprimir votos falsos, por exemplo, e tentar colocá-los dentro das urnas físicas). Quem está com a razão? Afinal de contas: o voto impresso seria bom, ou não?

 

Redação PH Bezerros

Informações: Gazeta do Povo / Veja Abril / CNN