Entenda o 1° episódio

 

A Câmara municipal de Bezerros rejeitou por 7 x 6 um projeto de lei de autoria do líder do governo Lucielle, o vereador Eduardo DEM que instituiria o DO que significa Diário Oficial. O Diário Oficial é um mecanismo de transparência que se publica todos os gastos, contratos, licitações e atividades dos poderes: Legislativo e executivo.

Episódio 2

 

Após a rejeição do PL de criação do Diário Oficial na Câmara municipal, o bloco de vereadores governistas, base da gestão Lucielle DEM composto por : Júnior de boi gordo MDB, Antônio Amorim PSB, Luisinho do sindicato SD, Vando PSB, Valmir Neto PSD e Adé Motos PSD assinaram um movimento que diz : “Até quando? Não venceremos a velha classe política sem transparência! Vereadores de Bezerros rejeitaram projeto de lei que daria transparência aos gastos dos poderes Legislativo e Executivo”. 

Episódio 3

Com o início do movimento e repercussão contra os que votaram para a rejeição do projeto, o bloco de 8 vereadores composto por : Emanuel de Boas Novas PSB, Diogo Lemos PSB, Branco do Cruzeiro SD, Tatai PSB, Zé Amaro PSD, Fia de Cajazeiras PSB, Cláudio do Salgado MDB e Rogério de Natal SD lançaram um movimento que diz “Vamos tirar a máscara do falso moralismo”  alegando que mais uma vez a prefeita Lucielle através de seu grupo de vereadores, tentam jogar a população contra a mesa diretora da Câmara, e relembra que no início do ano os governistas pediram o fim do recesso para votar matérias urgentes que até então não foram enviadas. Agora o grupo de 8 vereadores dizem que o projeto do Diário oficial chega de forma truculenta na Câmara através do líder do governo Eduardo DEM e que o Município já dispõe de lei para vinculação de publicações de transparência no diário oficial da AMUPE – Associação Municipalista de Pernambuco, o grupo afirma também que o projeto geraria custos pois autoriza a contratação de empresa para cessão de uso de um sistema de gerenciamento de Publicação do Diário Oficial. 

 

Episódio 4

 

O líder do governo Lucielle DEM, o vereador Eduardo DEM emitiu nota que diz que o Projeto foi apresentado na primeira sessão ordinária do ano (01/02), que há um parecer conjunto de 2 Comissões (Justiça e Redação e Finanças e Orçamento) favorável a matéria, que na 1ª votação o Projeto foi aprovado por unanimidade de votos, que se o impasse fosse o gerar custo poderia vetar o artigo e aprovar o restante do texto, que não seria necessário contratação, que o Portal da Transparência e Diário Oficial, são instrumentos diferentes e que a tentativa de vincular tal fato a Prefeita Lucielle, ao “querer” jogar a população contra parte dos legislativo é falaciosa, absurda e assustadora.

VAMOS AOS FATOS !

 

Crise política, tão e somente crise política … O Projeto é importante para o município como instrumento de transparência e combate a corrupção, mas por falta de zelo na conquista da aprovação por parte do poder executivo e da rigidez dos ditos “magoados” pela gestão e secretários, perdemos um grande projeto de lei, mas não é o fim do mundo, o Diario Oficial não é a única forma de fiscalização. O alarmismo e embate tão cedo na Câmara demostra claramente a falta de alinhamento no poder executivo, que poderia ser o autor do Projeto de lei para estreitar a relação respeitando e entendendo a independência do poder Legislativo.

O tom das campanhas lançadas pelos vereadores de ambos os lados; governo ou oposição, escancararam a rachadura política que ficou desde a eleição da mesa diretora no dia 1° de janeiro, seguido pelo episódio do recesso da Câmara e agora com a rejeição do PL do Diário Oficial. Ou seja, a gestão Lucielle DEM que só elegeu um vereador dentre os quinze e que teve a oportunidade de compor sua base com até 12 vereadores no início do ano, optou por nomear quem deve ir para o campo de oposição devido a interlocução que adotou através do seu líder de governo, o que é uma opção, porém um grande erro político pra quem conseguiu vencer uma eleição e ganhou a oportunidade de reinventar os quadros políticos.

Fica notório que as posições políticas floresceram, na posse até os vereadores eleitos que apoiavam Breno Borba disseram não ser oposição, mas sem a existência da boa articulação política e diplomacia, lutando contra os vícios como defende a gestão, os rumos segue erguendo a oposição em menos de 100 dias de governo.

Na quebra de braço o desgaste é maior para a prefeita Lucielle DEM que já perdeu a eleição da mesa diretoria e consequentemente é menoria na Câmara, até porque o cenário que se desenha é de dias difíceis no município em todas as áreas devido os impactos econômicos causados pela pandemia. Por fim o município vai ver e muito a discordância na Câmara municipal nessa Legislatura, e isso é bom de um certa forma, promove o debate e por outras vias mostra qual perfil de pessoas não precisamos no executivo e legislativo para enfrentar os desafios de uma cidade que parou no tempo e que pode repetir e repetir este ciclo a cada nova gestão por detalhes que pedem mais desprendimento e consciência para entender que os cargos ocupados são eletivos e não vitalícios. O poder é temporário!