“burocracia e alto número de procedimentos para completar os processos consomem o tempo produtivo das pequenas e médias empresas”, diz o banco mundial em nota

Foto: LEO MOTTA/ACERVO JC IMAGEM

O Banco Mundial disse em relatório realizado no primeiro semestre de 2021 que o Estado de Pernambuco seguido pelo Estado de Espírito Santo são os piores Estados para fazer negócios no país, devido a alta carga tributária e burocracia. A capital Recife e a capital de Vitória-ES são os piores lugares para fazer investimentos. São Paulo e Belo Horizonte são os mais benéficos para as pequenas e médias empresas.

O relatório Doing Business Subnacional analisou todas as capitais do país para medir as regulamentações e o ambiente de negócios que se aplicam a pequenas e médias empresas nacionais.

De acordo com o Banco Mundial, foi a 1ª vez que esse processo foi feito no país e 5 critérios foram analisados para a realização dos negócios:

  • abertura de empresas;
  • obtenção de alvarás de construção;
  • registro de propriedades;
  • pagamento de impostos;
  • execução de contratos.

Laura Diniz, que faz parte da equipe da pesquisa, disse que Rio e São Paulo não representam o Brasil como um todo. “Pela 1ª vez o foco sai dessas duas cidades para atender o restante do país, e assim permitir que tenhamos uma figura mais completa do ambiente de negócios do país”, disse.

De acordo com ela, a burocracia contribui para que o desempenho do Brasil esteja abaixo dos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento ), América Latina e Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

“Essa burocracia acaba traduzindo-se em um alto número de procedimentos para completar os processos que também consomem o tempo produtivo das pequenas e médias empresas”, afirmou.

De acordo com o estudo, São Paulo é a capital do Brasil que tem a maior pontuação para fazer negócios, com 59,1 pontos. Em seguida, Belo Horizonte (58,3 pontos), Boa Vista (58,3 pontos), Curitiba (57,3 pontos) e Rio de Janeiro (57,1 pontos).

As piores são Recife (51 pontos), Vitória (51,7), Macapá (52,3), Salvador (52,5) e Belém (52,7).

O relatório do Brasil foi o maior já produzido pelo Banco Mundial. A coleta de dados começou em fevereiro de 2020 e foram atualizados até 1º de setembro do mesmo ano. Houve a contribuição de 1.500 especialistas, como contadores, engenheiros e advogados. As entrevistas foram feitas por telefone e vídeo. Contaram também com participação de prefeituras, governos estaduais e juízes das 27 capitais.

 

Informações: Poder 360