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A união da oposição se faz necessária para que um nome possa vir a despontar se o desejo for a quebra da hegemonia do (PSB) no governo de Pernambuco. O caminho de articulações ainda é longo e duvidoso para 2022, mas até o momento existem 3 campos de oposição diferentes ao governo do Estado: Os três pré-candidatos são – Miguel Coelho Prefeito de Petrolina (MDB), Raquel Lyra Prefeita de Caruaru (PSDB) e Anderson Ferreira Prefeito de Jaboatão (PL).

A permanência das 3 candidaturas de oposição divide o voto útil e favorece ao candidato do (PSB) Geraldo Júlio cotado para disputar o pleito de governador e ser sucessor de Paulo Câmara atual governador de 2 mandatos em Pernambuco. A ala que detém o poder atualmente também conta com a forte influência do fator de apoio do ex-presidente e pré-candidato Lula.

Informações de bastidores políticos trazem ânimo da candidatura de Raquel ao governo do Estado, mas conscientemente não deverá abrir mão de governar a capital do Agreste por mais dois anos e oito meses, se não tiver a certeza do apoio de Miguel e de Anderson. Isso se aplica também aos prefeitos de Petrolina e Jaboatão. Raquel recebeu Miguel em Caruaru e apesar da conversa, não chegaram a lugar nenhum. Além das dificuldades de um abrir o projeto majoritário de 22 para o outro, há um passado de desconfiança na relação dos dois grupos políticos.

Apesar da boa gestão de Miguel Coelho (MDB) na cidade de Petrolina, o ar pernambucano é de alta rejeição ao palanque bolsonarista o que traria dificuldade de projeção de seu nome, uma vez que o mesmo afirmou que não tem um alinhamento apenas com o governo federal, mas também tem um alinhamento de pensamento com o presidente. “Nós estamos conseguindo alavancar esse momento de crescimento de Petrolina porque temos não apenas um alinhamento com o governo federal, mas porque temos um alinhamento de pensamento e porque, independente do momento político, independente da ideologia partidária, nós temos um compromisso com o Brasil. As pessoas que votaram no presidente Bolsonaro e votaram em nós no ano passado para continuar liderando a cidade e o futuro de Petrolina não querem desculpas, querem resultados que possam mudar a sua qualidade de vida”, declarou Miguel durante solenidade em Petrolina.

A prefeita de Caruaru Raquel Lyra (PSDB) mantem-se no aguardo para um posição nos próximos meses em relação ao pleito. A união da oposição ao seu nome traria um aumento significativo de projeção em Pernambuco trazendo consigo o Sertão, Agreste e Jaboatão considerando sua gestão na cidade e suas falas firmes contra o Governo (PSB) e relações diplomáticas com Brasilia em destaque a seu mandato e não ao nome do presidente Bolsonaro permanecendo distante do palanque bolsonarista e com bons resultados a serem apresentados aos Pernambucanos.

Movimentações supõe também Anderson (PL) aceitaria disputar o Senado, abrindo espaço para viabilizar Miguel ou Raquel para o Governo do Estado, mas se esses dois não se entenderem, numa unidade, o prefeito de Jaboatão joga a toalha para o Senado, porque também tem muito o que perder: a Prefeitura de Jaboatão.

Outra saída seria a união dos 3 campos em torno de um novo nome que possa ter campo de crescimento e chances reais de competição levando a disputa para o segundo turno. Especulações se dão em torno do nome de Priscila Krause (DEM) Deputada Estadual.

Impasses políticos:

Há alguns anos atrás, quando Fernando Bezerra Coelho, pai de Miguel, disputou o Senado, posto por Eduardo Campos, João Lyra impôs dificuldades, negando-se a apoiar o representante do clã na chapa majoritária planejada e costurada com muita paciência por Eduardo. Nem Lyra confia nos Coelho nem os próprios Coelho põem a mão no fogo pelos Lyra. Isso até os mais neófitos em política não questionam.

Os caciques Fernando Bezerra e João Lyra não são capazes, hoje, de trocarem amenidades, porque não se toleram na relação quase inexistente, marcada pela desconfiança recíproca. Terceiro personagem do jogo sucessório no campo da oposição, Anderson Ferreira também não sai candidato a governador se não tiver a sólida convicção de que Miguel e Raquel estarão em seu palanque.

Há quem diga que Anderson aceitaria disputar o Senado, abrindo espaço para viabilizar Miguel ou Raquel para o Governo do Estado, mas se esses dois não se entenderem, numa unidade, o prefeito de Jaboatão joga a toalha para o Senado, porque também tem muito o que perder: a Prefeitura de Jaboatão.

 

Redação PH Bezerros

Fonte – Blog do Magno / Politica Pernambucana