Considerado o Patrono da Educação Brasileira, o Pernambucano Paulo Freire completou 100 anos no no dia 19 de setembro de 2021. Paulo é tido desde 2012 como “Patrono da Educação Brasileira”, atuando principalmente na educação de adultos em áreas urbanas e rurais de Pernambuco.

 Freire é criador do método de ensino que estimula a alfabetização dos adultos mediante a discussão de experiências próprias de vida vividas pelo aluno através de palavras presentes na realidade que são detalhadas para chegar a palavra escrita e então a compreensão do mundo. Seu trabalho é reconhecido mundialmente com 41 títulos em instituições de ensino, como em universidades renomadas de Harvard, Cambridge e Oxford. Em livros como “Pedagogia do Oprimido”, o mais famoso deles, o autor defende o papel primordial da educação no processo de conscientizar o povo e levá-lo ao senso crítico. 

 O professor afirmava que a educação deveria ser um processo de “mão dupla”, em que o professor também aprende, ou, “é um aluno”. A composição deste ideal se da em contraposição à ideia da educação tradicional, em que o professor ensina, e o os estudantes são “receptáculos vazios”, ou seja, que apenas escutam o que é dito.

 De acordo com análise do professor Eliott Green, da London School of Economics and Political Science, “Pedagogia do oprimido” é o terceiro livro mais citado no mundo por pesquisadores de ciências humanas, à frente, inclusive, de clássicos como “O capital”, de Karl Marx.

Este é um dos motivos sustentados por um grupo de acadêmicos britânicos da Universidade de Cambridge para justificar a instalação da escultura reproduzindo o rosto do pensador na instituição. Freire é o primeiro (e único) brasileiro a ganhar uma escultura na universidade de Cambridge na Inglaterra, uma das maiores e mais conceituadas universidades do mundo.

Inaugurado em novembro de 2021, em um dos corredores da biblioteca da Faculdade de Educação, o busto em bronze é definido pelos professores do local como um símbolo de “tolerância e diálogo” em tempos de “guerra cultural” no ambiente acadêmico.

 

Redação PH Bezerros com informações da Folha de Pernambuco