Um levantamento feito pelo Ipea (Ipea – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no inicio do ano de 2021, revelou que 961 dos 5.570 municípios brasileiros, em destaque nas regiões Norte e Nordeste, têm grau de prioridade extrema para promover ações públicas buscando promover o acesso e melhorias na área de saneamento e abastecimento de água.

Dos municípios consultados, o levantamento constatou que Bezerros é um dos 961 municípios que mais necessitam de enfoque e prioridade máxima na área de providencias efetivas para melhoria do abastecimento e realização de serviços de tratamento de esgotos na cidade demonstrando a vulnerabilidade social que a população presencia a anos sem solução. O estudo trouxe um diagnóstico preciso sobre a situação dos municípios. A maioria das cidades tem a precariedade do serviço por possuir redes de tratamento insuficientes e serem de pequeno porte, o que impede a expansão da coleta e melhora do quadro do saneamento.

A situação com baixa cobertura destes serviços torna-se conhecida em localidades do município de Bezerros onde diversos bairros vivenciam realidade dificultosa sobre saneamento como Bairro são Rafael, gameleira, Santo Amaro I e II e outros bairros onde a população vivencia diariamente o convívio com esgotos a céu aberto a anos. Em Encruzilhada, além da falta de saneamento, a dificuldade de abastecimento também é um problema grave de décadas, assim como o tratamento de água que não é realizado. Por isto, o risco de prejuízo a saúde de pessoas que sofrem sem saneamento é bem maior podendo acarretar em doenças em maior frequência devido a exposição de moradores a esses ambientes.

Alem da precariedade do esgotamento, Bezerros também presencia a crise do abastecimento a anos. Em 2016 e 2017, a cidade assistiu uma das piores crises de falta de água ocasionadas pela seca. Em 2021, após o primeiro semestre, os relatos de falta de água foram cada vez mais constantes pelos bairros da cidade, situação a qual agravada mais uma vez pelo racionamento do abastecimento devido a baixa nos reservatórios que abastecem a cidade alem de dificuldades de transposição da água por problemas de equipamentos e burocracias que envolvem o acesso a água da barragem do Brejão que pertence ao Estado.

Especialistas afirmam que o fornecimento de água e o tratamento de esgoto são responsabilidade das prefeituras, ainda que necessite do trabalho compartilhado de obrigações entre município, estados e União. No entanto, a dificuldade encontra-se no poderio financeiro, uma vez que as cidades não possuem recursos suficientes para investir nessas áreas.

Redação PH Bezerros

Informações: Gazeta do Povo